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Alerta: precisamos falar sobre os impactos da pandemia na saúde mental da nossa juventude!



Você já parou para pensar o quanto o futuro depende da saúde das juventudes e do meio ambiente? De modo geral, em tempos em que o mundo passa por crises como a da COVID-19, pensar no futuro de forma mais efetiva é inevitável. Por isso, nos últimos anos, dar atenção aos indicadores e sinais que a juventude vem entregando para nós é essencial.


Quando pensamos em saúde dos jovens, englobamos múltiplos domínios, incluindo o físico, social, emocional, cognitivo e intelectual. E olhando para isso, não podemos deixar as desigualdades sociais e econômicas fora da equação.


“Minha saúde mental está oscilante. [...] Entretanto, acho que isso faz parte do momento histórico que vivemos. Não é normal estar normal. Saúde mental é também acolher nossas tristezas e angústias.” - Mulher cis bissexual branca, 24 anos, que tem crenças e fé não ligadas diretamente a uma religião, São Paulo (SP).


“Tenho depressão desde os meus 13 anos de idade, é algo difícil de lutar contra, pois muitas vezes ela foi mais forte e quase perdi a vida. Mas é algo que continuo lutando contra todos os dias.” - Mulher cis gay branca, 19 anos, estudante do ensino médio, Franca (SP).


Essas são falas retiradas do Atlas da Juventude 2021, as mensagens trocadas com amigos e família nos últimos meses, os pensamentos e sentimentos de quase toda uma geração. Preocupante, não? Como esses jovens estarão quando forem adultos? Como vão lidar com o mundo? Que tipo de estrutura emocional eles estão construindo vivendo um desconhecido tão doloroso?

Segundo a pesquisa "Situação Mundial da Infância 2021: Na minha mente: promovendo, protegendo e cuidando da saúde mental das crianças", 38% das pessoas ouvidas dizem ter irritação e insônia, percentual que sobe para 53% (irritação) e 45% (insônia) entre os jovens de 18 a 24 anos. A tristeza foi relatada por 48% da população geral e por 58% dos jovens.

Os dados ainda mostram que 22% dos adolescentes e jovens brasileiros, de 15 a 24 anos, dizem que, muitas vezes, se sentem deprimidos ou têm pouco interesse em fazer atividades do dia a dia. E dados como esses resultam no número de quase 46 mil adolescentes morrendo por suicídio a cada ano.


Já os transtornos mentais diagnosticados – incluindo transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), ansiedade, autismo, transtorno bipolar, transtorno de conduta, depressão, transtornos alimentares, deficiência intelectual e esquizofrenia – podem prejudicar significativamente a saúde, a educação, as conquistas e a capacidade financeira de crianças, adolescentes e jovens no futuro.


A soma de tudo isso, mostra um prejuízo na qualidade de vida e redução drástica na vida prática desses jovens. Novas análises indicam que transtornos mentais entre jovens acarretam uma redução de contribuição para a economia de quase USD $390 bilhões por ano.


Como mudar esse cenário? Preparando os familiares e as instituições para entregar ferramentas que auxiliam nesses processos de tratamento, incentivem a busca constante por ajuda profissional e estimulem as melhoras na qualidade de vida de cada jovem. Além disso, cobrar políticas públicas que acolham e trabalhem de forma direta o auxílio a essa geração que sofreu e sofre com os impactos de uma pandemia que tirou a liberdade, a vida de pessoas próximas, a perspectiva de futuro e a educação da grande maioria deles.


Olha que legal: para contribuir com a mudança desse cenário, o UNICEF lançou, no Brasil, o Pode Falar. Trata-se de um canal de ajuda virtual em saúde mental e bem-estar para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. Compartilhe o site e contribua também com esse processo: podefalar.org.br.


Aqui na Partilha, temos formações e metodologias que auxiliam educadores e instituições nessa missão, criando oportunidades de mudança e sendo apoio nesse momento em que atender com qualidade a comunidade é imprescindível.


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